domingo, 31 de março de 2013

Águas


Águas calmas
afogam meus pensamentos.
E lava as dores e alegrias
de dias que já foram
dias que não regressam.
Não mais.

Como cristal, azul incolor
doce e insípido frescor
Reflete para mim
o brilho dos olhos de Deus.
E tranquiliza a alma.

E com ondas incessantes
revive incontáveis memórias.
E tudo volta, como uma pancada.
Lembranças de dias que não existiram,
memórias das coisas que deixei de fazer
pensamentos do futuro.
Um vazio se abre no mar.

Me jogo de braços fechados
no intenso e enorme frio da água.
E acalma a mente cansada,
cansada de segurar
a água que precisa ser desaguada
limpando olhos e mágoas.

sexta-feira, 22 de março de 2013

(Rot)ina

Sala 1
Universidade
E pense, "Pensi"
910
Cacuia, Cocotá.

Carioca
Shopping
Neruda
Meia, dois, nove
Novo Asfalto
Cuscuz
Me
induz

Cocada
é da boa
Bom é
malhar
Poeta do mundo
malhar a mente
aqui ou acolá.

Dorme, cabelos
de fogo.
Bela é, ó
armação vermelha
Plaquetas combinam
Sorria, fale
Se exalte
Se alegre
Se...

Hiper
ativa
Mulambo
barbudo
Quieto
aquiesce.

Corre, correio
Aproxima-me
por letras.
Perdão imperfeito
como em
noites de terror.

Transição
informal
coloquial
Função
afim, de mim?
Paralelismo
assimétrico
Revoluções
e então
comigo
contigo
consigo
desperto.

O quê?