domingo, 23 de junho de 2013

Shy

As the morning comes in
And then I find you still asleep
I can hear you... breath.

Lost into those eyes
Simplicity in such a
gentle heart
You're everything
I've been praying for

And you're so close, but so far
I can't take this anymore

Why so shy?
All I need dear, to be fine
It's your smile
All I want dear, its you
by my side

When I look the night sky
You're the only star that still shines
And then I ask myself
If you're thinking of me
As I'm thinking of you


I don't want you go away from here
So I'm begging you, please stay
by my side

You're so close, but so far
I can't take this anymore

Why so shy?
All I need dear, to be fine
It's your smile
All I want dear, its you
by my side

All I need... don't be shy
All I need... please smile
Your body, your skin
Sweet perfume, it's a dream
The kindness of your lips
Your voice echoes in me
And all I ask you... don't be shy

She's my darkest nightmare
She's my sweetest dream
My life has been poisoned
By the truth I don't want to
believe.

Tonight she's my bride, yeah
Tonight, she's my sin
Then I feel the unconsciousness
Within the lies I keep
Telling me

sexta-feira, 14 de junho de 2013

E
Ela tem
Aquele jeito todo
Especial de me provocar

Como
Se nada
Fosse tão ruim
Quanto me perder naqueles
Belos olhos que me fascinam.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Sentimental

Acho que esse é um dos meus textos aleatórios favoritos. Primeiramente porque não é bem uma crônica. Tudo é focado mais nos diálogos rápidos e, de certo modo, simples. E particularmente porque eu nunca soube bem como interpretar essa música. Fiz isso mais em um momento de inspiração, mas nunca estive bem certo do que essa composição possa querer dizer. Posso estar certo, posso estar errado.

Enfim...

***







            Era mais cedo do que o comum quando resolveu ir para a cama. O relógio não marcava nem 22h, mas ali estava ele, deitado sob as cobertas, protegendo-se de algo muito além do que o frio. E embora demonstrasse uma expressão cansada, seus olhos estavam abertos. Olhava para o teto, mas a mente estava indo muito além do que gostaria. Não era sua vontade pensar no assunto, mas de qualquer modo, o luxo de poder querer ou não alguma coisa já estava fora de seu alcance, ao menos se tratando dos próprios sentimentos.
            Tudo no que podia refletir era sobre o dia que tivera. As conversas, os conselhos, as lições. E obviamente aquilo o fazia rever memórias de um passado recente. O rapaz se moveu na cama, a procura de uma posição que fizesse com que o sono se adiantasse. Mas ele sabia que isso não aconteceria, e lhe restaria apenas companhia dos seus pensamentos.
            Lá estava ele novamente. Aproximadamente oito horas da manhã, ele na sala de aula de sua universidade. O professor falava continuamente e ele não estava no humor para aquilo. Era uma triste segunda-feira e o consciente ainda estava fresco com os ocorridos do final de semana anterior. Era tudo tão forte ainda, tão bem gravado em suas lembranças mórbidas. Rabiscava de modo frenético a folha do caderno, desenhando algo abstrato. Uma aglomeração de traços perdidos, sem foco, sem objetivo. Do modo como ele se sentia. De modo automático, sua atenção se voltou para a jovem loira algumas cadeiras mais a frente. Ela fazia perguntas ao professor com frequência e isso sempre fazia com que os olhos dele se voltassem na direção da moça. Tão inteligente quanto bonita. Apaixonante, de fato.

           – Tão difícil assim deixar de ficar reparando nela?
            Então percebeu que um amigo falava com ele. Desorientado, virou o rosto na direção de onde ouviu a voz. E então despertou.
                – Por que não volta com ela?
                – Não rola.
                – Por que não? Ela te ama. Amava, talvez. Você a amava. Ainda ama, talvez.
                – Não sei. Não é para mim. É tudo muito errado com ela.
                – Por quê? Talvez você esteja sendo o errado nessa situação.
                – Não, não... Ela é muito... Sentimental para mim. Não consigo me adequar ao estilo dela, sabe? Eu soube desde o início que não ia dar certo...
                – Mais sentimental que você?
Ele parou por um momento, disposto a pensar sobre a pergunta. Tentou sorrir.
                – Existe alguém mais sentimental do que eu?
O amigo retribuiu o sorriso. Não era hora pra ficarem conversando. Não era a situação e nem a pessoa certa para insistir em um diálogo.

                Ainda na cama, mais lembranças surgiram. Aproximadamente vinte e quatro horas antes, quando estava em casa, tentando não se afundar em mágoas. A noite estava triste, como se o tempo estivesse se curvando para a situação dele. Estava sofrendo, embora insistisse em não demonstrar esse lado emocional de si mesmo. Observou a irmã sentar-se no sofá, junto a ele, naquela noite de domingo. Falaram do fato trágico que ocorrera na última sexta a noite. Uma noite como aquela.

                – Está arrependido, não é?
                – Nunca vou me arrepender do que fiz. Era a coisa certa. Ela não era pra mim. Muito...
                – Sentimental?
                – Complicada.
                A irmã ponderou a escolha de palavras do irmão. Era capaz de notar facilmente o semblante de tristeza que ele tentava não esconder.
                – Não entende, não é?
                – Nunca entendi nada. O que eu não entendo?
                – Ela não é complicada, você que é ignorante. Ela te ama e você responde a esse sentimento. Ela apenas demonstra isso de um modo diferente de você.
                – Diferente como?
                – Eu não sei. Mas é uma moça inteligente. Ela não vai querer que isso se torne algo fácil pra ti, afinal, tem que provar que é um indivíduo diferente. Mas você parece ter falhado no teste.
                – Entendo que ela não queira qualquer um. Mas precisa ser tão...
                – Complicada?
               
Sentimental...

                – É.
                – Pense bem. Você acha que se interessaria tanto por ela se fosse completamente aberta e falasse livremente? O que o fez se apegar a ela? Não foi o modo enigmático como sempre lhe tratou?
                – Talvez, nunca pensei muito nisso.
                – Você simplesmente não pensa. A verdade é que já a teria rejeitado há muito tempo, se ela fosse tão simples. Se fosse apenas mais uma.
                – Talvez...
                – Você só fala "talvez". Talvez devesse conversar com ela e não desistir na primeira tentativa. Não pode ser tão difícil.
                – Pois é. Na verdade, em comparação a ela, isso não deve doer tanto em mim. Não me importo de sofrer um pouco mais, sabendo que ela deve estar pior... Seria no mínimo justo eu passar pelo o mesmo que ela.
                – Sim. Ela é mais sentimental que você.


Se mexeu sobre o colchão mais uma vez. Sentiu um pouco de peso nas pálpebras. Pensar sobre aquilo lhe causava um cansaço enorme. A cada segundo em que apenas lembrava algo, era um passo para aquele abismo de sentimentos. Não sabia mais o que fazer, além de impedir que a tristeza o abatesse e tentar dormir. Sem sentimentos, sem dor.

                Fechou os olhos e morreu para o mundo.

                A mente ainda funcionava. O subconsciente guardava o que ele verdadeiramente sentia. Sonhou. Sonhou com ela em seus braços, como na primeira vez em que soube que a amava.  Como ainda ama. Tudo estava presente em sonhos. O rosto animado dela, o cheiro do perfume, o abraço confortável e um beijo único. A voz sedutora dela.

                – Eu quero você só pra mim. Tudo bem?

                Ele riu com o que ela lhe dissera.

                – Tudo bem.
                – A única condição é essa. Você pra mim, certo?
                – Sabe que não é bem assim...
                – É, eu sei. Mas eu posso fingir. Até mesmo rir disso. Nunca se sentiu desse modo?
                – Nunca. E você? Já? Em outra ocasião?
                – Talvez.
                – Você só fala "talvez".

                Ela sorriu, com a cabeça encostada no peito dele.

                – Tudo bem. Sempre fui mais sentimental do que você. Mas quem sabe um dia você não entende?

                E ele entendia. Demorou a perceber isso, mas sim, compreendia. Mesmo em sonhos, tomou conhecimento disso. Queria ela só pra ele, mesmo sabendo que isso não funciona do jeito que os dois gostariam. Que ele gostaria. Afinal, ninguém era mais sentimental do que ele.

                Talvez ela fosse. Mas agora já não estava mais ao seu alcance. Embora ele ainda a quisesse só para ela.

                Mas a aquela altura, com as escolhas já feitas, só lhe restava pensar sobre aquilo e chorar. Ou fingir.

E rir.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

O dia em que conheci Aline Belim.

Ainda lembro a primeira vez que me deparei com aquela cena. Eu estava no sufoco, enfrentando o calor desgraçado do Rio de Janeiro, quando Aline Belim apareceu para mim pela primeira vez. Não sei como descrevê-la, afinal, toda a situação já é mais do que o suficiente para ter uma visão de quem é senhorita Belim e meu bom senso não me permite fazer um julgamento - muito provavelmente errôneo - acerca de uma pessoa como ela. A vi pela primeira vez na mesma rua onde mataram Jefferson, que, estou quase certo, era chegado a ela também. Coitado. "Um jovem alegre, cheio de vontade de viver". Ao menos é o que dizem as pessoas que o homenagearam. Provavelmente as mesmas que fizeram as palavras sobre Aline, palavras que me levaram a perguntar quem poderia ser essa dama? E cá venho eu (tentar) revelar quem é e quem foi Aline Belim.

Permitindo a mim mesmo fazer uso das palavras de "Os Irmãos", Aline Belim certamente deve ser, de acordo com a minha incerteza e desconhecimentos indubitáveis, de tudo o que mais belo existe; capaz de ser tão sublime quanto mar e o ar. E se um indivíduo qualquer lhe escreve nas paredes de pessoas desconhecidas que irá lhe absolver de seus pecados em nome de Deus, é certo de que Aline Belim é uma moça especial. Amada por muitos e por outros mais.

Segundo dia em que encontrei Aline Belim, foi em outro muro. "Aline Belim, eu luto por você contra o mundo", eram os dizeres. Não me sobra dúvidas de que um homem que comete um pecado (pichação é vandalismo, e vandalismo é crime. Criminosos podem ser considerados dignos do purgatório) com o objetivo de transmitir uma simples mensagem, de que a absolveu (ou "abissolveu", como o dito cujo resolveu se expressar) em nome de Deus; muito me diz que Aline é uma pessoa incrível. E se o mesmo  sujeito, cavaleiro cavalheiro indomável, decide pôr a prova as próprias forças e combater todo o mundo apenas por ti... Não há nada que apague minha visão perfeccionista sobre Aline Belim.

Alguns poucos séculos atrás, apostando tudo o que tenho e que não tenho, estou convicto de que Aline Belim seria a musa dos poetas românticos. E quando digo romântico, me refiro tanto a aqueles que vivenciaram o período Romancista da literatura, quanto aqueles realmente românticos. Ah sim, Aline Belim seria vista como uma donzela pura e inalcançável, flechando o coração de rapazes que lutariam contra todas as dificuldades apenas para sofrer de amores por ela. Ou nessa situação embaraçosa, o rapaz.

"Aline Belim, eu absolvo você de todos os pecados em nome de Deus."

E eu aguardei. Torci para poder descobrir mais sobre Aline. Mas nada mais veio. Tive apenas que me contentar com as duas frases enigmáticas que, com o passar dos dias, surgiriam em outros e outros muros; muros de senhoras; muros de famílias; muros de comércios. Muros. Mas nada fez o nosso querido herói além do que lembrar a senhorita Aline Belim de que ele lutaria contra o mundo e absolveria dos pecados. Pergunto-me agora se a alma dela já está pronta para escapar do apocalipse e viver na paz de Cristo.

Ainda espero saber mais sobre Aline Belim. A conheci, mas não a vi, ou ao menos a compreendi. É um segredo que se revela aos poucos com frases e pontas soltas. E por mais que eu tenha lhe conhecido e tentando entender o que se passa na sua vida, ainda me faço curioso: quem és tu, Aline Belim?

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Às vezes...

Às vezes queria poder amar uma jovem de beleza simples. Sem muita maquiagem escondendo sua beleza, sem agir de modo desonesto consigo mesma e que não se importe em demonstrar um belo sorriso sincero. Beleza simples. Ela não precisa ter olhos de mar ou de diamante, pois muito me agrada um tom de caramelo, um simples castanho ou um misterioso olhar escuro.

Queria poder me apaixonar por uma moça de cabelos naturais, sem o liso superficial. Levemente bagunçados, ou presos daquele modo atraente, com uma pequena mecha caindo-lhe em frente ao rosto. Gostaria de me apaixonar por alguém que não tivesse vergonha de rir das coisas simples da vida e das bobagens que saem de minhas cordas vocais. Que se agradasse em aproveitar apenas os momentos genuínos e verdadeiramente felizes

Uma mulher que gostasse de abraços em dias quentes e frios. Que não se incomodasse com minha falta de escrúpulos, beleza e de qualquer carisma. Ignorasse minha cara de psicopata. Alguém que talvez pudesse ver alguma graça em mim. Alguém que não se incomodaria de pousar levemente a cabeça sobre meu peito, e ouvir as batidas ritmadas do meu coração. Que pudesse sentir a vida próximo a ela e estar em sintonia comigo por um simples toque.

Estar junto de uma pessoa perfeita com seus defeitos. Defeitos que muitos veem e observam, mas que eu posso ver e, ao mesmo tempo, não enxergar. Pois a minha definição de "perfeito" tem as suas imperfeições. Uma guria que não se incomodasse em ser ela e que soubesse prezar a si mesma.

Ou talvez eu simplesmente quisesse ser capaz de amar. Alimentar a minha dependência de algo que nunca possuí.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Time Flies



Atravessou a sala ao instante em que se transformava em uma mera silhueta. A única luz presente era a do pôr-do-sol, permitindo que aquele cenário fosse apenas o alaranjado e o negro que marcam o final de um dia vazio. Em passos calmos, sem a menor intenção de ter pressa, ele arrastava de leve os dedos por seus LP’s do The Beatles e do grande Jimi Hendrix, entre outros artistas que lhe marcaram em algum ponto da vida. Cantarolou a primeira música do Sgt. Pepper que veio em mente, enquanto continuava seu trajeto para o passado. Abriu a porta que dava para a varanda do prédio. Observou a correria das crianças e permitiu que os gritos animados lhe alcançassem a alma. Um longo suspiro.

            Notou sua companheira sentada em uma cadeira, relaxada, com um cigarro preso entre os dedos e uma xícara de café em uma pequena mesa de vidro, própria para isso. Ela admirava o infinito. Ele se sentou, cruzou as pernas e permaneceu ali, observando tudo o que se passava ao seu redor.  Sentiu a brisa que acariciava de modo sutil a sua pele velha. Ajeitou os óculos e mais uma vez suspirou. E então pensava. Refletia. Viajava com sua mente. Regressou aos tempos em que também poderia correr e gritar como se não houvesse amanhã. Lembrou-se de quando a conheceu e quando possuía forças o suficiente para caminhar por todos os lados; energia mais do que necessária para executar suas provas de amor e trabalhar para sustentar aquele casamento.

            Não se arrependia de nada que havia feito. Ela sempre fora sua mentora e nunca o guiou por caminhos tenebrosos. Sempre estiveram lado a lado, andando em direção a aquela enorme estrela amarela que desaparecia, dando espaço para a lua. Outro longo e profundo suspiro. Pelo canto do olho, de modo tímido, observou-a tomar um gole do café e, logo em seguida, dar uma tragada em seu cigarro. Ela repousou a cabeça na cadeira. Continuava tão linda quanto no dia em que a conhecera. Era assustador como havia mudado tanto com os anos, mas o rosto insistia em guardar traços que lhe davam a sensação de que nenhum tempo tivesse a afetado. E os vícios dela, por mais que ele não apoiasse, nunca foram motivos para tirar o brilho que surgia em seus olhos ao olhá-la.

            Ele achava até cômico as respostas rápidas que ela lhe dava. Habituou-se a aquilo. “Como consegue fumar tanto?”, ele perguntava. Ela apenas sorria do jeito que ele sempre gostou. Então balançava a cabeça de um modo alucinado e divertido. E rindo, lhe respondia: “O tempo voa, meu querido. Algumas coisas chegam a nossas vidas, outras partem; algumas delas agradáveis e outras nem tanto... E tudo o que nos resta é percebermos que realmente estamos avançando. O tempo voa, meu amor. E é hora de aceitarmos tudo o que recebemos, sejam coisas boas ou ruins. O tempo voa, meu bom homem. E com ele, nós voamos juntos. Então por que não apenas aceitar os meus defeitos?”

            O velho nunca compreendeu o que ela queria dizer com aquelas palavras. Apenas se perdia no jeito carinhoso como ela sorria após as palavras, e voltava a fumar. E podia ver aquilo de novo. Mas então, ele finalmente compreendeu. Compreendeu que o tempo ia e REALMENTE não voltava mais. Em parte era triste, mas enfim, num determinado momento de sua vida, soube totalmente o significado daquilo. Tirou um maço de cigarros do bolso, pegou um e o acendeu. Não o fumou, apenas estudava cada detalhe do objeto. Nunca aquilo se passou por sua mente, nem nos momentos sombrios. Ainda cantarolando e com um sorriso enrugado no rosto, pôs-se a fumar. A mulher já não estava mais sentada ao lado dele. Não em um plano físico.


Apenas na visão dele. No coração dele. Uma fumaça ascendeu ao céu, e nas nuvens, pôde ver o rosto dela. E o vento lhe assobiou sua risada. E sozinho, pensou “o tempo voa, meu amor”.

Uma Vida De A a Z

Ainda Bebia Com

Dois Estranhos Felizardos,

Gastando Horas Intermináveis

Juntando Lindas Memórias.

Naqueles Obscuros Pensamentos

Que Revelavam Sua

Tediosa, Ultrapassada Vida.

Xingava, Zombava. Xucro,

Voltava Ultrajante, Totalmente

Sóbrio. Repentinamente Quedou-se

Pelos Olhos Naquela

Mulher. Linda, Jogava

Infinitas Honrarias. Graciosamente,

Ficou Estático. Decidiu


Caçar Belos Amores.